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Russos querem mercado do casco de alumínio

Marco Dassori

“Jornal do Commercio”, Manaus (Brasil).
03 de Março de 2005.

A Rússia pode ser o próximo país a investir no PIM (Pólo Industrial do Amazonas). No dia 20 de março, a Alubra (Sociedade de Amizade, Cooperação Científica, Cultural e Empresarial Rússia Brasil), representante do segmento de construção naval daquele país, virão ao pólo para estudar a possibilidade de abrir um empreendimento em Manaus.

O interesse dos empresários estrangeiros é aproveitar o nicho aberto pela lei que obriga empresas de transporte fluvial a renovarem sua frota por motivo de segurança, substituindo embarcações de madeira por modelos de alumínio. Calcula-se que, hoje, o Amazonas conte com 35 mil barcos, sendo que 85% deles ainda são de madeira.

«Apesar de demonstrarem interesse pela região e já saberem de algumas das vantagens da ZFM (Zona Franca de Manaus), como os benefícios fiscais, os empresários russos querem conhecer melhor o modelo para tomar uma decisão», declarou o proprietário da empresa de eventos Adviser Entertainment e representante legal da Alubra no Brasil, Abner Lellis. Os projetos da entidade -que completa três anos no Brasil em 2005- incluem a criação de uma Câmara de Comércio, Indústria e Turismo em Manaus para estreitar as relações entre Rússia e Brasil. Segundo o representante da Alubra, empresários russos, ligados aos setores têxtil e de plantio de soja, também demonstraram interesse em conhecer a ZFM.

Delegação vem a Manaus

A composição e quantidade de integrantes da delegação russa ainda não foram definidos, mas o promotor de eventos estima que em torno de dez representantes -ligados a grupos empresariais daquele país localizados em Moscou e São Petersburgo- devem vir à cidade, no próximo mês.

Caso o negócio seja viabilizado, a nova empresa deve produzir dois novos modelos de embarcações, cujo diferencial será a velocidade aliada à capacidade de transporte de passageiros. De acordo Lellis, com a operação, os empresários estrangeiros se comprometem a transferir tecnologia para o país.

«São barcos de baixo calado, e reforçados com arcos laterais, o que permite a navegação em épocas de estiagem. Além da segurança, há também o ganho de velocidade, enquanto a média das embarcações locais é de dez a 12 nós, os similares russos podem alcançar até 40 nós no mesmo trecho», comparou.

Amazonas disputa com SC

Embora os planos dos representantes da indústria russa estejam voltados para o Amazonas, Lellis lembrou que outras unidades federativas brasileiras, como Santa Catarina, demonstraram interesse em fazer negócios com os russos. «O Estado conta com uma colônia russa e foi visitado por empresários em 2004. Mas, o que está atraindo a atenção dos russos ao Brasil é a vocação do Amazonas no transporte hidroviário», amenizou.

Segundo o site especializado em náutica, Net Babillons, representantes da empresa russa HS-Ships visitaram Santa Catarina em julho de 2004, para negociar a venda de embarcações para aquele Estado. Os empresários visitaram estaleiros em Navegantes e Itajaí, para avaliar a possibilidade de construção e instalação de fábricas de equipamentos.

Em agosto, a Alubra e a Adviser Entertainment pretendem fazer o caminho inverso, levando empresários brasileiros para participar de um evento envolvendo cultura, turismo e negócios, na cidade de São Petersburgo (Rússia). «A realização ainda depende de verbas e entendimento de órgãos públicos, mas nossos planos são promover o contato entre empresários e estreitar as relações entre os dois países», concluiu.

O Sinaval/AM (Sindicato da Construção Naval do Amazonas) projeta expansão de 40% em 2005, a partir da perspectiva do Ministério dos Transportes de investir R$ 335 milhões na renovação do transporte hidroviário. O segmento emprega 1.200 pessoas no Estado, entre construção e reparos, e produz mil embarcações por ano.

Os estaleiros, contudo, sofrem com falta de linhas de crédito e com o elevado preço da matéria-prima -aço e assemelhados, que chegam a compor 50% do custo da embarcação. Segundo a Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), de janeiro de 2002 a novembro de 2004, o valor do metal subiu 148%.

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